sábado, outubro 27, 2012

Ilusão

Sento-me novamente na poltrona intacta do meu quarto. Cartas numeradas pelos dias, presentes numerados pelos meses e postais numerados pelos anos. Ainda é difícil acreditar que a distância de todas as expressões tomou conta do nosso amor; deliberou o poder sem dó nem piedade e, assim, apoderou-se. 
Continuo com a chávena de café na minha secretária, como habitual. Tenho insónias, passo noites em claro e não dá para ir, para ir sem olhar para trás, porque no fundo tudo o que vem de trás, também consegue vir de frente; consegue encontrar-se no nosso pensamento a todas as horas, as todos os minutos, a todos os segundos. E é assim que percorro os dias, encontrando-me com o que já se foi. E há medida que o tempo passa, eu acabo por me habituar a isso, mesmo sem dar conta.

7 comentários:

  1. muito obrigada, escreves muito bem!

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  2. E tu, princesa? Que lindo, que lindooo <3

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  3. Anónimo19:42

    Adorei o post, mas ele está tão triste...

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  4. escreves tão bem! adoro mesmo os teus textos!

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  5. Anónimo21:20

    - amo :o sigo, segues de volta? :3

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  6. que bonito, filipa! gostei imenso *

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