Levei algum tempo até te encontrar, mas agora que te encontrei sinto que posso sentar-me na minha poltrona amarrotada dos dias de luta em que entrei em guerra comigo mesma e com os meus sentimentos. É passado e já nem dói. Curioso como a erosão do tempo permite que as coisas amenizem e as dores também. Nunca acreditei que ao virar da esquina pudesse estar lá alguém à minha espera, mas quando menos esperei esbarrei-me em ti, como quem esbarra num vestido lindo numa montra de loja de rua. A diferença, neste caso, é que o vestido eu não o trouxe, mas tu adormeceste nos meus lençóis. Não sei como é possível amar tanto alguém ao ponto de achar que ainda estou a sonhar. Mas se estiver, realmente, que este sonho se mantenha eterno. Na nossa eternidade simples de sermos um só sendo sempre dois. Te quiero, grandi!
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