Sento-me novamente na poltrona intacta do meu quarto. Cartas numeradas pelos dias, presentes numerados pelos meses e postais numerados pelos anos. Ainda é difícil acreditar que a distância de todas as expressões tomou conta do nosso amor; deliberou o poder sem dó nem piedade e, assim, apoderou-se.
Continuo com a chávena de café na minha secretária, como habitual. Tenho insónias, passo noites em claro e não dá para ir, para ir sem olhar para trás, porque no fundo tudo o que vem de trás, também consegue vir de frente; consegue encontrar-se no nosso pensamento a todas as horas, as todos os minutos, a todos os segundos. E é assim que percorro os dias, encontrando-me com o que já se foi. E há medida que o tempo passa, eu acabo por me habituar a isso, mesmo sem dar conta.
muito obrigada, escreves muito bem!
ResponderEliminarE tu, princesa? Que lindo, que lindooo <3
ResponderEliminarAdorei o post, mas ele está tão triste...
ResponderEliminarescreves tão bem! adoro mesmo os teus textos!
ResponderEliminar- amo :o sigo, segues de volta? :3
ResponderEliminarque bonito, filipa! gostei imenso *
ResponderEliminarum lindo texto .
ResponderEliminar